Quando os contos contam o que a história não ousou contar – a contística de María Rosa Lojo como corpus no ensino crítico à formação docente

Adriana Aparecida Biancato e Gilmei Francisco Fleck

Resumo
O conto "La historia que Ruy Díaz no escribió”, que compõe uma das narrações híbridas de história e ficção da obra Amores Insólitos de Nuestra Historia (2001), da escritora argentina María Rosa Lojo corresponde à revisitação e possibilidade de construção e reconstrução da memória familiar do pioneiro historiador rio-platense. Este trabalho tem por objetivo analisar o conto que tem como protagonista o cronista dos Anales del descubrimiento, población y conquista de las Provincias del Río de la Plata, que escreve a memória dos seus familiares e a terra “povoada mais que conquistada". Propõe-se nesta análise revelar a história não escrita por Ruy Díaz de Guzmán, que contempla o relato de Lucía Miranda, intertexto que configura o arquétipo da cativa, transformada em mito literário e que representa um dos maiores dramas do colonizador, ou seja, a possibilidade de mestiçagem e as tensões que se apresentam, como por exemplo, à personagem de extração histórica, a negação de sua cultura e descendência aborígene. A base teórica que fundamentará este estudo está ancorada nas obras de Fleck (2017), Lojo (2001), Candau (2016), Esteves (2010), entre outros. 

Palavras-chave
Amores Insólitos de nuestra historia (2001). História e Ficção. Escrita Híbrida. (Re)construção identitária.

Texto completo:

Nenhum comentário:

Postar um comentário