Cleusa Piovesan e Valdeci Batista de Melo Oliveira
Resumo
As relações de gênero levam a discussões incontestáveis no contexto da sociedade brasileira devido aos alarmantes dados das pesquisas sobre a condição de inferioridade e de violência a que as mulheres estão expostas. Esse artigo traz, na análise do rap Rosas, do grupo feminino Atitude Feminina, um enfoque no papel social da mulher, vítima de violência doméstica, considerada parte da normalidade da vida de mulheres, principalmente, as dependentes do poder econômico do homem, sob a dominação masculina. Por meio de lutas de movimentos sociais e com o apoio do Estado, a promulgação da lei Maria da Penha (2008) prevê o afastamento e a punição do agressor, medida protetiva e apoio psicológico às mulheres. A simbologia das Rosas, bem explorada na canção, desvela a cruel realidade da mulher que sonha com um “príncipe encantado” que a salve da opressão e da violência doméstica, mas que a engendra em um círculo de violência que se recria, repetindo o padrão familiar, fato que se comprova em tantos casos de violência contra a mulher. O contexto escolar pode ser palco para discussões que esclareçam os jovens sobre fatores sociais, históricos e culturais que criaram e perpetuam a desigualdade de gênero, abrindo espaço para reflexões e possível nova mentalidade sobre o assunto.
Palavras-chave
Desigualdade. Lei Maria da Penha. Relações de Gênero. Violência Doméstica.
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