Resumo
O presente trabalho, desenvolvido no Mestrado
Profissional em Letras – Profletras, tem por objetivo apresentar reflexões
sobre o ensino da produção textual na escola, importante eixo de trabalho com a
língua, quando se objetiva o desenvolvimento da competência discursiva do
aluno. Entendemos que essa se desenvolve em um processo que inclui várias
etapas fundamentais e imprescindíveis para o efetivo domínio da escrita, sendo,
uma delas, a reescrita. A fim de refletir sobre como tem se efetivado em sala
de aula, aplicamos um questionário a professores de Língua Portuguesa do Ensino
Fundamental – séries finais, no intuito de compreender os significados que
esses profissionais atribuem à etapa da reescrita. Para isso, apoia-se nos
estudos de Menegassi (2013), Ruiz (2010), Bakhtin (2003), Geraldi (1997) sobre
as concepções de escrita e de produção textual, como também o que preconizam os
Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (PCN) sobre esse tema,
estabelecendo uma analogia com as concepções informadas
por trinta professores participantes da pesquisa. Os resultados demonstram,
segundo as respostas dadas, que a reescrita seria uma prática que acontece em
sala de aula. Entretanto, quando se analisam as explicações de como ela se
desenvolve na prática, verificamos que sua efetivação em sala em aula se centra
em aspectos como: indicação e correção de “erros” gramaticais, na
superficialidade do texto, desconsiderando-se a interlocução. Desse modo, o
trabalho com a reescrita estaria voltado prioritariamente à dimensão formal do
texto, relegando-se a segundo plano (ou talvez até nem considerando) questões
do âmbito discursivo.
Palavras-chave
Profletras. Ensino. Produção Textual. Reescrita.
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