A reescrita textual na escola

Fernanda S. C. Pedro, Rosangela M. S. Silva e Carmen T. Baumgärtner

Resumo
O presente trabalho, desenvolvido no Mestrado Profissional em Letras – Profletras, tem por objetivo apresentar reflexões sobre o ensino da produção textual na escola, importante eixo de trabalho com a língua, quando se objetiva o desenvolvimento da competência discursiva do aluno. Entendemos que essa se desenvolve em um processo que inclui várias etapas fundamentais e imprescindíveis para o efetivo domínio da escrita, sendo, uma delas, a reescrita. A fim de refletir sobre como tem se efetivado em sala de aula, aplicamos um questionário a professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental – séries finais, no intuito de compreender os significados que esses profissionais atribuem à etapa da reescrita. Para isso, apoia-se nos estudos de Menegassi (2013), Ruiz (2010), Bakhtin (2003), Geraldi (1997) sobre as concepções de escrita e de produção textual, como também o que preconizam os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (PCN) sobre esse tema, estabelecendo uma analogia com as concepções informadas por trinta professores participantes da pesquisa. Os resultados demonstram, segundo as respostas dadas, que a reescrita seria uma prática que acontece em sala de aula. Entretanto, quando se analisam as explicações de como ela se desenvolve na prática, verificamos que sua efetivação em sala em aula se centra em aspectos como: indicação e correção de “erros” gramaticais, na superficialidade do texto, desconsiderando-se a interlocução. Desse modo, o trabalho com a reescrita estaria voltado prioritariamente à dimensão formal do texto, relegando-se a segundo plano (ou talvez até nem considerando) questões do âmbito discursivo.

Palavras-chave
Profletras. Ensino. Produção Textual. Reescrita.

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